Em entrevista, Lindolfo Junior fala das virtudes de Ulisses Maia

Lindolfo Junior, com formação superior na área de Gestão Pública, radialista e jornalista, aguardando DRT, Mestrando em Educação, ele defende, para um ganho de eficiência administrativa, a divisão de cada cidade em células territoriais.
Em entrevista exclusiva ao Blog do Take, o especialista em cidades e mobilizador comunitário, que tem uma postura sempre independente e sem conchavos, conta como Ulisses Maia ganhou a eleição e a forma como foi recebido recebido em seu retorno a Maringá.

Blog do Take: Como foi o convite pra participar da campanha?

Lindolfo: Foi um convite objetivo, o Ulisses conversou comigo aproximadamente 15 minutos. Ele ainda costurava as coligações. Pedi 2 dias pra colocar minhas coisas em ordem. Ouvi minha família, alguns amigos e retornei para Maringá dizendo que ele poderia contar comigo.


Você acreditava na vitória dele?

Sim, com certeza. Eu via o entusiasmo dele. O Ulisses já me ganhou quando foi presidente da Câmara lá atrás em 1997, quando fez um excelente trabalho e também na luta pela valorização dos bons servidores de Maringá.


Como foi sua participação?

No planejamento estratégico dos debates, dos programas e nas ruas. Trabalhei muito. Andei todos os bairros de Maringá. Reencontrei velhos amigos e as pessoas lembravam daquilo que já fizemos pela cidade. Foi bastante emocionante.


Quando você percebeu que poderia chegar ao segundo turno?

Eu tinha uma sondagem diária da tendência do eleitorado.
A cada dia,  em cada contato com a população eu sentia que a família Barros estava muito desgastada e eu ia passando pra ele aquilo que vinha das ruas.


E você passava isso pra ele?

Uma das virtudes do Ulisses, é ser um político de relatos e não aquele tipo de político de receber apenas relatórios. Ele conhece cada rua de Maringa.
O Ulisses ouve, assimila e põe em pratica aquilo que pensa ser importante. E esse é o grande diferencial dele.


Ele chegou a perder o segundo lugar nas pesquisas?

Nós tínhamos apenas 40 segundos do horário eleitoral, mas o debate da Record foi um divisor de águas, pois estávamos em terceiro lugar e com quase 10 pontos atrás do segundo colocado.


E ele te convidou para participar do governo?

Sim, duas vezes. Na primeira conversa, quando ele me convidou para integrar a campanha e logo depois de confirmada a nossa ida ao 2 turno.
Ele me ligou, falamos por alguns minutos e ao final eu até perguntei se tinha mudado alguma coisa da nossa primeira conversa {convite para integrar equipe}, e ele disse que não tinha mudado nada. Ali eu tive  a plena certeza de que o Ulisses era diferente dos outros políticos.


Como diferente...

É que em política, cumpre compromisso quem quer. Às vezes, tem o fogo amigo: um núcleo duro, pequeno grupo que cerca o candidato vitorioso, cria um fato novo qualquer, às vezes mentiroso, só para desgastar a gente.


Você acha que isso possa ter acontecido?

Não sei. Eu tenho uma postura muito independente e falo o que penso, com tranquilidade. Por exemplo: acho que pela minha experiência, poderíamos ter uma prefeitura mais enxuta, com menos secretarias.


Você falou com ele?

Sim. Fiz uma mudança com diminuição de secretarias e o organograma mas ele é o prefeito e resolveu mudar.


Você tem uma visão altamente crítica dos atuais gestores públicos. Por que?

A nossa visão passa por um caminho diferente de tudo isso que está aí, porque sempre defendi, para um ganho de eficiência administrativa e economia aos cofres públicos a divisão de cada cidade e do próprio estado, em células territoriais.


Você já falou sobre algo parecido há muitos anos atrás?

Já fiz isso há mais ou menos 20 anos atrás e, na época, o prefeito de Joinville Luiz Henrique, que era do partido do meu irmão, adotou a nossa ideia de descentralização da administração e depois levou a ideia para o Governo do Estado de Santa Catarina.
Foram criadas as secretarias regionais que deram muito certo.


Qual seria a vantagem para as regioes? A criação de novas secretarias regionais não aumentaria despesas? 

Imagine um prefeito de Ivatuba, Marialva  ou Iguaraçu resolvendo os problemas todos por aqui, e que não tenha que se deslocar  a Curitiba para apresentar seus pleitos, projetos para receber recursos para a sua comunidade. Tudo seria feito pela secretaria regional daqui. Do projeto, licitação, fiscalizaçao e até a liberação do recurso.
Haveria uma grande economia, acabaríamos com as diárias e deslocamentos de carro oficial, ônibus ou avião, o que evitaria também colocar em risco o bem mais precioso que Deus nos deu, que é a vida.
E mais, na Reforma Administrativa, não haveria aumento de despesas, e sim descentralização dos serviços.


E você esteve recentemente com o Ulisses?

Sim, em Brasília, no início do mês ele ratificou o convite para integrar a equipe, articulando o governo e planejando o futuro.
Ele pediu para eu ir na prefeitura ver a documentação e escolher a sala. Eu reafirmei a ele o nosso apoio às boas práticas públicas e coloquei na mesa algumas ideias.


Poderia citar algumas?

Defendo a tese do AAA+
Sao pilares que considero fundamentais para acelerar a administração com articulação, acompanhamento e cobrança de metas pela equipe. Educação e Saúde devem ser fortalecidas.


E agora, quais são seus planos?

Risos.. Tem uma música do Lulu Santos que diz assim: ".. eu to voltando pra casa, outra vez.." Risos.

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